6.29.2011

HOMENAGEM A RUBENS MACHADO FERREIRA

Homenagem a um profissional exemplar, parceiro, amigo de todas as horas, irmão de jornada. A um homem que ensinou com sua vivência, sua sabedoria, seu caráter. De toda família da Escola Adventor: muito obrigado, amigo! Você estará sempre presente em nossos corações.


Um comentário:

prof. Dionísio Bellini disse...

O caráter, a dignidade, a integridade, a responsabilidade e a bondade são aguns dos adjetivos que podemos atribuir ao amigo e professor Rubens. Sua morte foi precoce, fora do tempo, não teve tempo nem chance de lutar. As explicações nunca explicam fatos assim, só aceitamos porque somos obrigados, não temos alternativas. O filósofo Feuerbach tinha razão quando disse: "O grande problema do homem é a morte", para este problema não temos solução.
O professor e mestre continua vivo em sua obra maravilhosa, o canteiro encementado por ele continuará dando frutos. Sorte é a nossa que agora podemos nos fartar de sua vasta plantação.

"Não sei...
se a vida é curta ou longa demais pra nós,
mas sei que nada do que vivemos tem sentido,
se não tocamos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
colo que acolhe,
braço que envolve,
palavra que conforta,
silêncio que respeita,
alegria que contagia,
lágrima que corre,
olhar que acaricia,
desejo que sacia,
amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo,
é o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela não
seja nem curta, nem longa demais,
mas que seja intensa,
verdadeira, pura...enquanto durar....“
(Cora Coralina)

A Um Ausente (Carlos Drummond de Andrade)
Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.
Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enloqueceu, enloquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação, o ato em si,
o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?
Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.
Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te foste? (Carlos Drummond de Andrade)

Quando morremos, deixamos atrás de nós tudo o que possuímos e levamos tudo o que somos.
O que é belo não morre: transforma-se em outra beleza (Balley Ardrich)